Carnaxide: nome invulgar com possível origem no árabe «carna-axide»(monte de terra vermelha) ou do celta «carn-achad» (terra de pedras soltas), aparece referida em documentação oficial apenas no século XIV, mas remonta ao século XII.
Carnaxide fazia parte do Reguengo de Algés que se estendia da Ribeira de Alcântara ao Reguengo de Oeiras. Foi a primeira freguesia dos subúrbios da capital a ser criada e a terceira a nível nacional.
Local de passeio de nobres e poetas, de entre os quais se destacam o rei D. Pedro V (visita frequente), Almeida Garrett, Tomás Ribeiro, Camilo Castelo Branco entre outros, era descrita á época como " aprazível e de bons ares e muito abundante de excelentes águas ".
No reinado de D. José I após o terramoto de 1755 e incluído no plano de reconstrução e melhoramentos do Marquês de Pombal, foram construídos o Aqueduto e o Chafariz no centro da vila. Foi elevada a vila em 16 de Agosto de 1991.
Após a reorganização administrativa de 1993 a antiga freguesia de Carnaxide foi desdobrada em cinco novas Freguesias: Carnaxide, Algés, Queijas, Cruz-Quebrada/Dafundo e Linda-a-Velha.
Antes desta reorganização a sua população ascendia a mais de 80.000 habitantes espalhados por 16 quilómetros quadrados, o que a tornava uma das maiores freguesias de Portugal e da Europa.
Carnaxide hoje tem com uma área de 6,5 km², constituída pelos aglomerados urbanos de Carnaxide, núcleo antigo, Outurela, Portela, Gandarela, Casal da Serra, Valejas Norte, Alfragide (quinta do paizinho), Nova Carnaxide e Alto dos Barronhos.
Atualmente a sua população residente – 25.911 (Censos 2011), População presente - 24.494, Famílias - 10.098, Edificios - 1.596, Alojamentos Familiares clássicos – 11.729 e Empresas e comercio – 1.000.
Queijas: outrora conhecida por QUEJAS, nome aparentemente único na toponímia portuguesa, diz-se que relacionado com povos pré-romanos, não tem, tanto quanto se saiba, elementos reconhecidos que nos indiquem qual a verdadeira razão do seu nome, nem desde quando a sua existência.
Sabe-se, isso sim, que em 1865 Queijas contava com 35 fogos e 148 habitantes e que esta população se dedicava essencialmente à lavoura e à pastorícia. Estes registos relatam as excelentes condições naturais relativas à qualidade dos solos de produção agrícola. Isso poderá justificar a importância histórica que Queijas teve, na produção rural e na pastorícia, que segundo os mesmos registos, forneciam grande parte da área da actual Lisboa.
Parecendo não ter qualquer ligação, o topónimo Queijas pode muito bem vir da possível existência de queijarias na povoação. Certo é que no levantamento de 1865 não consta existir esta profissão como relevante mas apenas a de lavradores e seus trabalhadores e a de um pastor.
Sabe-se, no entanto que nos meados de Sec. XX existiam alguns rebanhos e que as redondezas eram abastecidas por leite de Queijas.
LINDA-A-PASTORA, fazendo parte da freguesia é, por certo, bem mais antiga . Segundo a obra do Padre Figueira, já em 1639 a Capela de S. João Baptista necessitava de obras, o que leva a concluir que se tais obras eram urgentes serem feitas, por certo a sua existência seria bastante anterior.
Composta pelas povoações de Queijas e Linda-a-Pastora e tem independência administrativa desde 1993.