Parecem bonecas, mas são muito mais do que isso. Quem visita o Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Rocha, em Linda-a-Pastora, e tem possibilidade de visitar o pequeno museu improvisado que existe no primeiro andar do edifício fica surpreendido com uma coleção de figuras de pequenas proporções, na realidade réplicas da imagem encontrada em 1822 numa gruta junto ao rio Jamor, debaixo do Santuário, e que rapidamente deu origem a um culto que perdeu o fulgor de outros tempos, mas que ainda perdura.
Neste espaço de reduzidas dimensões estão guardadas algumas das inúmeras dádivas feitas à Imagem de Nossa Senhora da Conceição da Rocha, que se encontra exposta numa peanha instalada junto ao altar-mor do Santuário. Destaca-se neste espólio uma coleção de mais de uma centena de mantos, réplicas daquele que foi encontrado na imagem original descoberta no interior da Gruta da Aparição, oferecidos por noivas que casaram na igreja do Santuário, alguns dos quais bordados por princesas e infantas de Portugal.
Além destas peças únicas, o espólio do museu improvisado nas instalações do Santuário, cujo património é gerido pela Irmandade de Nossa Senhora da Conceição da Rocha, uma associação pública de fiéis católicos fundada em 1893, apostada em promover o culto da Sagrada Eucaristia e da Nossa Senhora da Conceição, inclui também imagens e castiçais em talha dourada, coroas, paramentos antigos e outras alfaias litúrgicas. É desejo da Irmandade a criação de um espaço museológico adequado para expor todas estas peças.
Faz ainda parte do património guardado no edifício principal do Santuário, cuja cerimónia de inauguração ocorreu a 28 de maio de 1893 com a presença de altas individualidades civis e religiosas, um magnífico lustre em cristal da Boémia instalado na nave central da Igreja, cujo altar-mor se encontra situado diretamente por cima da gruta onde foi encontrada a imagem da Virgem. Em 19 de março de 2004, foi publicado em ‘Diário da República’ o edital com a classificação do Santuário como Imóvel de Valor Concelhio.
