Situada na zona da Outurela, em Carnaxide, a história conhecida da Quinta do Salles remonta ao século XVIII. Então, era designada por Quinta dos Cónegos por ser usada como convento e habitada por frades Lóios, embora a quinta já existisse anteriormente.
Com a extinção das ordens religiosas, em 1934, a quinta foi vendida e deu lugar a uma exploração agrícola particular e residência da família Salles. No início do século XX, instalou-se no local uma pequena indústria de engarrafamento de águas, a empresa Águas de São Marçal que se tornou famosa na região de Lisboa pelas suas águas medicinais. A empresa servia-se da nascente – que ainda existe no local – para captar a água e posteriormente engarrafá-la.
Mais tarde, haveria de se instalar ali uma fábrica de pirolitos – bebida gaseificada e açucarada com a característica de ter na tampa um berlinde que tinha de ser empurrado de forma a abrir a garrafa. A quinta passou então a ser conhecida como quinta de São Marçal.
Posteriormente, o espaço pertenceu ao brigadeiro Lopo e ao Sr. João Batista Monteiro. Foi alvo de intervenções de requalificação sendo que, da antiga propriedade, subsistem alguns edifícios, um sistema de regra peculiar, poços, entre outros elementos.
Na década de 80 do século XX, a quinta passou a estar sob a alçada da Câmara Municipal de Oeiras que no ano 2000 criou ali um centro de microempresas – gerido pela Fundação Marquês de Pombal – e um parque público.